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a escola
da palavra

A escola da palavra é uma ação cultural para o compartilhamento do desejo de criar com a palavra. Engloba uma visão de mundo, um conjunto de práticas e atuações públicas e privadas na interseção entre ensino, pesquisa e divulgação da poesia e de seu modo de produção.

 

A escola abriga, entre suas formas de atuação, uma casa de cursos, financiada, portanto, por seus educandos e educandas. Atualmente, esses cursos sustentam e possibilitam as ações da escola e de seus educadores e educadoras.

 

Um dos objetivos da escola da palavra é, futuramente, se tornar uma instituição de interesse público, com cursos e ações financiadas não apenas por seus educandos e educandas, mas por políticas de investimento público em cultura.

De toda maneira, a escola segue dentro de suas possibilidades o seu empenho para promover encontros em torno do fenômeno literário, de modo que as pessoas possam aprender e fazer coisas entre si, mediatizadas pelo mundo e pela linguagem.

o que é
uma oficina?

As oficinas são modalidades de ensino e aprendizagem que recuperam o sentido da prática nos processos pedagógicos. A ideia é estranha para algumas pessoas: é possível aprender a escrever? É possível ensinar alguém a ser poeta?

 

Nas oficinas você não aprende a ser poeta ou uma pessoa que escreve. Você testa o mundo da escrita junto com outras pessoas. Vê como funcionam umas ferramentas. Você não pergunta, por exemplo, se uma menina em uma escolinha de futebol será como a Marta, a camisa 10 e maior artilheira da seleção brasileira. Assim como você não pergunta se uma pessoa numa aula de canto está ali para aprender a ser Milton Nascimento ou Elza Soares.

 

Em uma oficina de poesia você experimenta recursos, conhece poemas da tradição e contemporâneos, confere se os seus poemas estão funcionando para os outros e conhece gente. Nesse espaço convivem pessoas de diferentes níveis de saber, variadas áreas de atuação profissional e em pontos distintos da trajetória profissional. Se você só escreveu poemas de gaveta, se nunca os escreveu, ou se já publicou livros, em todos os casos, as oficinas são pra você, porque elas são uma comunidade de desejo de escrita. É o desejo que importa, o resto a gente resolve.

política
de bolsas

A escola da palavra possui uma política de bolsas visando acolher pessoas que desejam realizar as oficinas, mas não dispõem dos recursos necessários no momento da inscrição. Para cada oficina, as bolsas disponíveis existem em função do número de pagantes, na seguinte proporção: para cada 5 pagantes em um curso ou oficina, 1 bolsa integral é concedida.

 

Pessoas negras, indígenas, lgbtqiapn+, periféricas e/ou em vulnerabilidade social têm prioridade para a bolsa. Dentro desse grupo, também têm prioridade pessoas que ainda não receberam nenhuma bolsa da escola da palavra.

Para cada turma será formada uma fila com os pedidos de bolsa. As pessoas selecionadas serão avisadas, com três dias de antecedência com relação ao início da oficina, por e-mail, ao qual deverão responder confirmando a sua participação em até 24h. Caso não haja confirmação nesse período, outra pessoa será consultada até que todas as vagas para bolsistas sejam preenchidas.

Para se candidatar a uma bolsa, entre em contato conosco pelo formulário no rodapé (com o assunto [pedido de bolsa]) dizendo de qual oficina você gostaria de participar e se você se identifica com algum dos critérios de prioridade listados acima.

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lucas van hombeeck

lucashombeeck.wixsite.com/portfolio

lucashombeeck@gmail.com

Lucas van Hombeeck é poeta e crítico, doutorando em sociologia pela UFRJ. Autor dos livros de poesia Pará ocidental (7letras, 2019) e Nuvens [na seção de congelados] (7letras, megamíni, 2018); do livro de crítica e sociologia da literatura Poema sujo, intérprete do Brasil (Hucitec, 2022) e do capítulo sobre poesia em A sociedade dos textos (Relicário, 2022), além do livro de oficinas Almanaque Rebolado (Várias editoras, 2016), escrito junto com a Oficina Experimental de Poesia. É pesquisador do projeto "MinasMundo: o cosmopolitismo na cultura brasileira" (UFRJ/Unicamp/UFMG/Princeton/UFRRJ), para o qual contribuiu com o verbete "Murilo Mendes" no Glossário MinasMundo (Relicário, 2024), e é ex-editor do Blog da BVPS (Fiocruz), para o qual curou a coluna “Interpretações do Brasil e poéticas”, entre 2020-2023.

rafael

zacca

rafaelzacca.com

zacca.rafael@gmail.com

 

Rafael Zacca é poeta e crítico. Doutor em Filosofia pela PUC-Rio. Professor de Estética e Filosofia da Arte no departamento de Filosofia da PUC-Rio desde 2020. Professor no curso de Filosofia Contemporânea da pós-graduação lato sensu na mesma instituição desde 2019. Pós-doutorando no departamento de filosofia da Unifesp desde 2021, onde realiza pesquisa sobre Walter Benjamin e Anne Carson. Publicou, entre outros, os livros de poesia O menor amor do mundo (7Letras, 2020) e A estreita artéria das coisas (Garupa, 2018). Também o livro antigona morreu então preciso falar com você (Hecatombe, 2021), em coautoria com os membros do coletivo oficina matéria-prima. Publicou o livro de crítica Formas nômades: arte, política e crítica hoje (Formas nômades, 2021). Também os livros de oficinas VHS Workout Poesia (Selinho, 2022) e Almanaque rebolado, junto à Oficina Experimental de Poesia (Azougue, 2016).

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