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Julya Tavares

isto não é um editorial: residência no blog da escola da palavra


caro leitor,


isto não é propriamente um editorial. na tradição dos jornais e revistas, esse tipo de texto se caracteriza por apresentar o posicionamento ou a perspectiva dos editores a respeito de alguma pauta ou acontecimento da ordem do dia (“uma escolha muito difícil” por vezes, você sabe). em outros casos, como o da revista em que trabalhei, a Garupa, o editorial funciona como uma tentativa de dar sentido aos textos reunidos na edição da vez. uma forma de se dizer a que veio. também escrevo este texto para te dizer a que vim, mas no começo, e não no fim de um processo curatorial. por isso, prefiro que a gente o entenda como um exercício de imaginação do futuro.


quando o Zacca e o Lucas me convidaram para ocupar temporariamente o blog da escola da palavra, me contaram também do desejo de pôr no mundo um curso de formação livre em poesia. além da alegria de poder voltar a trabalhar com meus companheiros de vida e de estudo da literatura, percebi a oportunidade de fazer com que aqui se encontrassem a prática que tenho com curadoria de revista e minha pesquisa de doutorado, à qual dou início agora em 2023, sobre as relações entre poesia e trabalho através das oficinas de escrita.


de março a dezembro, então, convido você a embarcar comigo no primeiro ano da desvio. a ideia é trazer para cá, uma vez por mês, relatos, reflexões e impressões que surgirem do convívio e do aprendizado propiciados por cada módulo da formação, mas também estabelecer uma correspondência com os professores, alunos e até mesmo com os textos que certamente surgirão dos exercícios de escrita das oficinas. tudo isso pretendo que componha uma espécie de diário de campo também livre.


você encontrará ainda outras vozes por aqui: a cada encontro nosso, convidarei um companheiro de escrita diferente que trará suas próprias piras literárias ou de vida para o blog, mas sempre buscando algum fio de diálogo com as questões surgidas no curso de formação. afinal, a graça do processo editorial é sempre prolongar a conversa.


espero que goste.


Julya

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