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série e desdobramento

João Cabral e Ana Cristina Cesar

Começa em: 8 de abr.
320 Reais brasileiros
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programa

A lógica serial está muito presente tanto na música quanto nas artes modernas. E também pode ser encontrada na poesia. No contexto da literatura brasileira, seu uso se intensificou a partir da poesia de João Cabral nos anos 1950, ganhando formas paradigmáticas em livros como Serial (1961) e A educação pela pedra (1965). Tal presença na obra do pernambucano é bem variada e tem contrapontos entre seus próprios livros, ainda mais se levarmos em conta os poemas de Museu de tudo (1974). Quando Ana Cristina Cesar começa a participar da cena literária nos anos 1970, a poesia de Cabral é uma presença preponderante à qual muitos jovens poetas vão procurar resistir, driblando ou redimensionando. Embora nos livros de Ana Cristina o uso da série não chame atenção de imediato, há em seus poemas uma lógica de tempo e justaposição que pode solicitar um gesto serial que perturba certa lógica serial mais evidente. Esta oficina vai ler poemas dos dois autores, assim como de alguns outros, buscando uma experiência de escrita que mobiliza o poema em série em algumas de suas expressões. Resumo dos encontros: 1. A série nas artes, na música, na prosa e na poesia 2. O serial na poesia de João Cabral de Melo Neto 3. Justaposição & desdobramento na poesia de Ana Cristina Cesar 4. Outros exemplos: Carlos de Oliveira, Ana Hatherly, Marly de Oliveira, Adília Lopes etc. * Leonardo Gandolfi nasceu em 1981, no Rio de Janeiro, e desde 2013 mora em São Paulo, onde trabalha como professor de literatura portuguesa na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Publicou os livros de poemas No entanto d’água (7Letras, 2006), A morte de Tony Bennett (Lumme Editor, 2010), Escala Richter (7Letras, 2015) e Robinson Crusoé e seus amigos (Editora 34, 2021). Teve editado na Argentina La muerte de Tony Bennett (tradução de Paloma Vidal, Ediciones Lux, 2021). É autor do ensaio Manuel António Pina (Eduerj, 2020), livro da Coleção Ciranda da Poesia. Ao lado de Marilia Garcia, idealizou e coordenou, entre 2015 e 2024, a Luna Parque Edições.


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